sexta-feira, 21 de março de 2008

Ensino e (boa) Educação

Parece mentira, mas isto aconteceu de facto numa sala de aula em Portugal...

Uma aluna foi surpreendida pela Professora a usar o telemóvel dentro da sala de aula (o que sabemos muito bem não ser permitido). Ao retirar o telemóvel à aluna, a reacção desta, bem... Foi o que se viu...

Algumas perguntas vieram-me à mente ao ver este vídeo: esta aluna é normal? Que problema mental a torna tão instável? Que pais educaram assim uma criança? O que vai acontecer a esta aluna? Que sanção irá a Direcção Executiva daquela escola aplicar àquela aluna como exemplo a muito outros que, mais cedo ou mais tarde, faltam ao respeito aos Professores? Como podem os Professores salvaguardar a sua posição se são agredidos quando tentam fazer cumprir os regulamentos das escolas?

Muitos Professores já são, para alem de Professores e Educadores, amigos, pais, irmãos, psicólogos, eu sei lá mais o quê de muitos dos alunos que chegam à escola sem uma boa formação em casa e sem qualquer noção de boa educação e boas maneiras, sem saber ser e saber estar em determinadas situações...

Claro que depois o problema está nos Professores que "não trabalham" ou "não querem trabalhar"... Como, se assim vai o Ensino em Portugal?



terça-feira, 4 de março de 2008

Uma quase tragédia




Não fosse o sangue frio do piloto e de toda a tripulação, provavelmente a história a contar seria bem diferente. Felizmente, esta acabou bem e não há vidas a lamentar... Apenas um bom susto que estes passageiros passaram no aeroporto de Hamburgo.
Nem mesmo o Aeroporto Internacional da Madeira eheh

sábado, 1 de março de 2008

Para quem quiser ouvir






Roll into your town
and I'm walkin around.
Got some extra time,
think I'll throw some money down.
And you follow me around.
You're askin for the time,
you're askin what I found,
think I'm gonna rob you blind.
Maybe it's the tattoo on my arm
that I drew when I was bored,
waitin tables in New York,
well a heart and 2 flowers intertwined with a vine,
I can see your point,
I can see your point.
 
But up here,
I am who I am.
And if you don't like it,
then fuck you man.
I'm not a thief and a whore,
please don't follow me around next time 
I'm shoppin in your store.
Yeah.
And up here,
I'm makin you aware
that if you don't like me,
well I don't care.
I'll be exactly who I am
and if you got a problem with me,
well that's your problem, man.
Yeah.
 
After I've paid,
count the money that you made,
then you go to the show,
like to be entertained.
And I get up on the stage,
trained monkey in a cage,
it's just another day,
just another day.
And I can see you from my place on the stage,
third row, center aisle, hot blonde with you, all smiles.
And you got another woman,
but that's in another town,
you can't wait till this is over,
gonna lay that honey down.
 
And up here,
I am who I am.
And if you don't like it,
then fuck you man.
I'm not a thief and a whore,
please don't follow me around next time 
I'm shoppin in your store.
Yeah.
And up here,
I'm makin you aware
that if you don't like me,
well I don't care.
I'll be exactly who I am
and if you got a problem with me,
well that's your problem, man.
Yeah.
 
And your good values taught you have to behave.
Who to treat kindly and who to enslave.
And like a good man,
you still fall to the floor
when a great big rack
and a ripe round ass walk through the door.
Yeah.
 
But up here,
I am who I am.
And if you don't like it,
then fuck you man.
I'm not a thief and a whore,
please don't follow me around next time 
I'm shoppin in your store.
Yeah.
And up here,
I'm makin you aware
that if you don't like me,
well I don't care.
I'll be exactly who I am
and if you got a problem with me,
well that's your problem, man.
Yeah.



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Até breve...


Quero voltar ao Baltazar Dias...
Entro por aquela porta, dirijo-me ao camarim onde o pessoal já está a ser caracterizado... "Bom dia, alegria!", e lá estou eu preparado para receber os mimos da São... Meu Deus, por que será que este camarim está sempre cheio? A Sãozinha tem mel, só pode...
A Zé deve estar à procura do telemóvel ou da mala enquanto vamos tirando fotos para mais tarde recordar... Tadinho de mim, nem uma foto me tiraram... Snif snif...
Não posso encostar-me ao encenador, pois tem as mãos verdes de caracterizar o traquinas / hulk / smeagol / shrek / master Yoda. As fadas já espalham um brilho de encanto por todo o lado, aquecem as suas asas sob a orientação da bela rainha e sob o olhar atento de Oberon.
E já está quase tudo pronto: artesãos e nobres também já se encontram a postos. Últimos retoques na caracterização e o nervoso miudinho já apareceu... O pano está quase a abrir, o espectáculo vai começar. "Ai ai, ai ai, ai ai"... diria alguém que eu conheço.
Já nos posicionámos atrás da cortina; duque e duquesa, Egeu, o rival Demétrio, a bela Helena e Hérmia, a minha amada, com que tive o prazer de contracenar pela primeira vez.
E a aventura começa. Agora já não voltamos atrás... "E seja o espectáculo o que Deus quiser!"
Os risos e reacções do público enchem-nos de alegria, a casa sempre cheia reconforta a alma e os aplausos no final fazem-nos acreditar que está sempre a valer a pena.
No final, resta-nos a nostalgia, as memórias dos momentos bem passados, os amigos que fizemos e que vamos conservar e esta certeza que nos une: o amor pelo Teatro e pela arte.
Este "sonho" acabou; outro, de certeza, começa... E até à próxima aventura...
Devia mudar o título deste desabafo para "Vou voltar ao Baltazar Dias em breve"!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Estreia "Sonho de uma noite de verão"


Finalmente a estreia... Semanas de ensaios, muitas horas a trabalhar e a criar, concentrados na interpretação que temos que dar aos personagens, a torcer para que os nossos colegas (e amigos) não errem deixas, nem marcações, nem coreografias, nem se atrapalhem em circunstância alguma.

Foi para nós um verdadeiro sonho, não apenas de uma noite de verão, mas de arte e criatividade, de receios e ousadias, de boas memórias, de boas recordações... Ainda nem estreámos e já cheira a saudade...

Esta quarta, dia 20, pelas 21h 30, no Teatro Municipal Baltazar Dias, lá estaremos nós, todos em pleno, todos a dar o nosso melhor, para que o sonho de torne realidade, para fazer sonhar através da magia do teatro...

Apareçam e deixem-se levar pela fantasia e pela magia...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Ele há cada macaco!


Para não dizerem que este blogue já parece a página da necrologia do jornal, cá vai uma notícia mais ligeira...

O Supremo Tribunal da Áustria decidiu: chimpanzé não pode ser considerado gente.

A Association Against Animal Factories, grupo sediado em Viena que luta pelos direitos dos animais, tentou fazer com que um macaco fosse considerado uma pessoa. Nome de gente, pelo menos, ele tem: Matthew Hiasl Pan. O nome humano também já foi motivo de guerra com a Justiça, em setembro de 2007, noutro “round” desta guerra.

O objectivo do grupo era ser nomeado tutor de Matthew e, assim, ganhar a sua guarda. O Supremo Tribunal rejeitou o pedido.

O abrigo onde Matthew viveu durante 26 anos está à beira da falência, e o chimpazé corre o risco de virar um sem-abrigo. Ele e outra chimpanzé do abrigo, Rosi, foram capturados quando bebés na Serra Leoa, em 1982, e levados para a Áustria para serem usados como cobaias de experiências farmacêuticas. aS autoridades interceptaram a operação e levaram os macacos para o abrigo.

O grupo pretende organizar uma fundação para recolher doações para Matthew, cuja expectativa de vida em cativeiro é de 60 anos. Doadores já se ofereceram para ajudar a sustentá-lo. Mas, pelas leis austríacas, apenas uma pessoa pode receber donativos e presentes.

Os activistas argumentam que apenas sendo tratado como ser humano é possível assegurar, ainda, que ele não seja vendido para fora da Áustria.

Era trazê-lo cá para a Madeira, com tanto macaco que há por aí, era apenas mais um... eheh

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Hoje pus-me a pensar na Morte.

Fui ao funeral da Professora Bernardete Barros, Presidente da Direcção Executiva da Escola Básica 2º e 3ª Ciclos de S. Roque. Diga-se, de passagem, que odeio funerais (aliás, acho que ninguém gosta; a perspectiva da Morte, tão próxima de nós naqueles momentos, incomoda-nos de maneiras diferentes).

Não vou despejar neste texto aspectos sobre a vida da Bernardete (sim, apenas Bernardete, pois é assim que dela me vou lembrar). Apenas quero recordar a importância que ela teve na minha vida e no facto de, neste momento, poder estar a leccionar.

E novamente a ideia da Morte toma conta dos meus pensamentos. Não é novidade nenhuma de que ela afecta mais os vivos do que os mortos (porque estes, segundo sinto, já não terão consciência de que apenas sentimentos e memórias ocupam o vazio do lugar que a eles pertencia).

Só nestas alturas reflectimos no pouco que somos, na humildade que devíamos ter e que perdemos ao longo da vida, ocupando os nossos dias com muito daquilo que não importa, pensando, iludidos e loucos que somos, que vivemos vidas cheias e completas, esquecendo que tudo aquilo que supostamente nos enche fica cá no momento em que tudo acaba.

Dei por mim a pensar nas opções que fazemos, se fizemos bem em ter virado à esquerda quando tínhamos a opção de virar à direita, porque ficámos a dormir até tarde quando tudo lá fora gritava por nós, ou mesmo porque saí da cama quando era lá que queria ficar. Dei por mim a pensar em quem nos acompanha quando de facto precisamos, não de algo material, mas de sentimentos e afectos, nas opções que fazemos em relação às pessoas que connosco vão partilhar tudo da nossa vida e daquilo que somos.

Dei por mim a olhar para o baú das memórias que guardo, das pessoas que passaram, das memórias que ficaram, e todas elas, boas ou más, ficaram aprisionadas numa única lágrima, num único momento em que reflectimos e temos a certeza de que ainda vale a pena sorrir. Uma lágrima, o tempo de uma vida de quase trinta anos...

E dei por mim a agradecer aos que ficaram e aos que passaram, às pessoas que, nem tendo consciência, moldaram-me naquilo que eu sou.

Talvez a Bernardete não tenha tido essa consciência, talvez não lhe tenha dito quando tive oportunidade para isso. E agora já não posso dizer. Resta-me, talvez, viver o melhor que sei, um lugar comum mas que é dos poucos que fazem sentido na vida, do início ao fim... E todos os dias tentar ser um homem um pouco melhor do que fui ontem...